sexta-feira, 30 de outubro de 2015

10 passos para cultivar uma horta sustentável em casa

Existe cada vez mais uma preocupação em se manter uma harmonia entre os seres humanos e a natureza.
A sustentabilidades passou a ser uma preocupação e é uma prática que começa a ser explorada por muitos nas hortas de suas casas.
As vantagens são imensas, desde a redução da necessidade de rega, eliminação de utilização de  químicos e fertilizantes, a recolha de produtos mais saudáveis e frescos, entre outros.
Pode criar uma horta sustentável em sua casa com facilidade.
Aqui estão alguns passos a dar:

Conhecer a condição do solo
O local deve ter no mínimo 5 horas diárias de luz directa do sol.
Escolher a área em que se pretende fazer a horta e testar o solo (ph, o teor de matéria orgânica, fósforo e potássio). Esta tarefa é simples, pois existem kits disponíveis para a realização destes testes.

Fazer um desenho da horta
A informação sobre o crescimento de cada fruta e/ou horticula a plantar ajuda a saber como devem ser agrupados e qual a distância que devem ter entre eles, de forma a obter um bom crescimento.

Cultivar plantas/horículas nativos
A escolha das plantas/horticulas devem ser feitos com algum cuidado. As plantas/hortículas nativos são a escolha ideal, pois estão mais adaptados às condições do local, não necessitando tanto de irrigação nem fertilização e são mais resistentes às pragas e doenças.

Usar racionalmente a água
Nas regiões urbanas, a água potável é um bem precioso. O uso de meios para conservar a água é uma boa estratégia podendo fazer uma vala para ajudar a reter a água no solo e evitar o escoamento, utilizar barris para armazenar a água ou instalar uma cisterna.
A rega deve ser feita uma ou duas vezes por semana e nos dias seguintes apenas para manutenção pode ser menos frequente., tendo sempre em consideração as condições do clima.
O horário da rega deve ser feito antes das 10h ou após as 16h.

Utilizar adubos orgânicos
Deve-se adubar o solo e a compostagem é a solução ideal. O que remover da vegetação serve como um excelente enriquecedor. Adicionando matéria orgânica ao solo ajuda a restaurar e a melhorar a produtividade, bem como a capacidade de retenção de água.
Os meses melhores para adubar são entre Fevereiro e Março.

Evitar pragas
Deve-se escolher plantas/hortículas que resistam a esta doença e a problemas de insetos e vigiar regularmente para evitar a sua propagação.
Estarem nutridos, bem adubados, com irrigação e clima adequados são uam forma de evitar as pragas e mantê-los sãos.

Controlo Biológico
Consiste na utilização de organismos vivos que atacam pragas de insetos várias outras doenças.
A utilização de pesticidas deve ser evitada e substituída Outras soluções alternativas não-tóxicas que podem ser usadas são os  dessecantes (como cinzas de madeira) e pesticidas caseiros (com ingredientes comuns da cozinha).

Aproveitar o  terreno
Aliada à sustentabilidade está a preservação racional do terreno utilizado, tornando-o desta forma sustentável, ou seja uma utilização racional e não danosa dos recursos naturais, para que estes continuem disponíveis infinitamente.
O terreno deve ser aproveitado por duas ou mais culturas diferentes na mesma época, pois algumas espécies beneficiam-se mutuamente, criando entre si condições favoráveis ao seu desenvolvimento.
O solo deve ser coberto com palhas ou cascas, de forma a proteger contra a erosão, as altas temperaturas, controlar o crescimento de ervas daninhas e manter a humidade.

Escavação dupla
É uma prática importante que permite a entrada de ar no solo, ajudando a reter mais água para as plantas/hortículas e consequentemente o seu desenvolvimento. Em espaços grandes deve ser feita uma vez por ano e em espaços menores de meio em meio ano.

Colher
Quando for altura da colheita, as horas menos quentes do dia são a melhor altura, para que se perca menos água. Se houver stock de produtos é sempre agradável dar a parentes ou amigos ou também se pode cozinhar e congelar para aproveitar mais tarde.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Os 5 melhores alimentos para cultivar em estufas

Quase todos os alimentos são sensíveis aos diversos efeitos do meio ambiente, porém alguns sofrem mais consequências do que outros, assim como existem certos tipos de culturas que  não são produzidas o ano todo devido a estes mesmos efeitos.

Com o cultivo em estufas, onde pode-se controlar alguns fatores como temperatura, umidade, iluminação e irrigação, de modo a amenizar ou controlar as diversidades ambientais, tornando a produção muito mais eficiente, econômica e com qualidade superior, além de possibilitar colheitas fora das épocas impedidas pelo tempo.

Saiba quais são os 5 melhores alimentos para cultivar em estufas e suas vantagens:
1. Ervas

Principais itens de tempero, as ervas possuem cores e aromas bastante peculiares, que podem ser alterados com a ação do clima e a exposição de componentes que caem no solo desprotegido. A necessária a preocupação de cultivar as ervas em estufas vem crescendo, um dos motivos está associado a preferência do seu uso na gastronomia. Chefs de cozinha e pessoas adeptas a uma culinária mais natural prefere usufruir um ou mais dentre os diversos tipos de ervas aromáticas para cozinhar, do que o uso de produtos industrializados. Assim sendo, as ervas cultivadas em estufas acaba por ser um fator chave de seleção.


2. Alface

Um os ingredientes principais que integram as saladas brasileiras, por ser muito sensível ao clima, principalmente à umidade, vemos que qualquer mudança no tempo, altera a qualidade das folhas, sendo que uma geada causaria a destruição total delas. Desta forma plantá-las em estufas evitaria a perda em caso de imprevisibilidade meteorológica.

3. Tomate

Outro componente indispensável na culinária, tanto em saladas, quanto na preparação de molhos, e refogados, é muito atacado por pragas e fungos, e conservá-los em estufas diminui ou até mesmo despensa o uso de defensores químicos (agrotóxicos), fazendo o alimento ter maior qualidade, ganhando a preferência dos consumidores.

4. Pimentão

Tem sido usado para colorir e decorar muitos dos pratos consumidos em todas as partes do mundo, seu cultivo em ambiente protegido favorece a produção desta leguminosa que tem variedades distintas em diversas cores  e formatos (vermelho, amarelo, verde, marfim, roxo), suas cores tem algumas alterações proporcionais a luminosidade e clima em que estão expostos, as estufas ajudam a manter a cor desejada através do controle dos fatores acima citados, ganhando preferência das donas de casa que procuram selecionar os pimentões com cores mais viçosas, e aparentemente mais “bonitos”

5. Morangos

Assim como toda fruta, é sempre preferência das pessoas que procuram alimentar-se bem. Além de depender muito das condições climáticas, ainda sofre também com o ataque de pragas, e sendo uma fruta sazonal, que tem mais tendência a produzir em determinada época do ano (mais especificamente no outono/inverno brasileiro), é muito interessante o seu cultivo em estufas pois mais do que evitar perdas tanto por fatores climáticos como por pragas, a produção poderá ser quase igual mesmo em épocas de entre-safras, e também evita o uso de defensores químicos favorecendo os consumidores tanto pela qualidade da fruta quanto pelo preço, os produtores também serão beneficiados por obterem ganhos quase o ano todo, mesmo em períodos de estiagem.

O custo inicial da construção de estufas é bastante elevado, visto que exige a implementação e preparação das mesmas e do produtor, que deve adquirir conhecimentos específicos como, conhecer o ambiente mais adequado para a cultura que deseja proteger, o tipo de estufa, o espaço ocupado, a instalação dos equipamentos de temperatura, iluminação e irrigação.

Mesmo com um alto valor inicial, ao analisar os benefícios da facilidade de manutenção, economia de água através da racionalização, colheita em várias épocas do ano, qualidade dos alimentos, diminuição de produtos agrotóxicos, entre muitos outros pontos positivos; percebe-se que este custo acaba virando investimento pois os ganhos serão muito maiores com a diferenciação e qualidade, ganhando preferência de mercado, compensando o valor do investimento.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Os frutos mais esquisitos do mundo

A variedade de frutas no planeta é tão grande, que dificilmente temos a oportunidade de conhecer todas elas. Veja algumas das frutas mais estranhas do mundo:

Pitaya



A pitaya, também conhecida como “fruta do dragão” devido a aparência de sua casca, é uma fruta nativa do continente americano, possui um sabor adocicado e é pouco cultivada no Brasil.
Possui várias espécies, as mais comuns são:

Hylocereus undatus; vermelha com poupa branca
Hylocereus polyrhizus; rosa com poupa vermelha
Selenicereus megalanthus; amarela com poupa branca
  
É rica em vitamina C, cálcio, ferro, fósforo e potássio, além de oligossacarídeos e tiramina. Auxilia na digestão e na perda de peso, previne a diabetes tipo 2 , o câncer de cólon,  infecções bacterianas e doenças cardiovasculares.
Pode ser consumida ao natural ou em forma de sucos, doces, geleias e vinhos.

Rambutan




Rambutan, rambutão ou rambutã é nativa da Malásia, e bastante cultivada no norte do Brasil. Sua aparência se assemelha a lichia, assim como o sabor, e as duas pertencem a família Sapindaceae. Possui bastante Vitamina C e B3, proteínas, cálcio, ferro, fósforo, carboidratos e potássio, além de niacinas, saponinas, taninos e alcaloides. Suas folhas são utilizadas para aliviar dores de cabeça, e o extrato da raiz para tratar a febre.


Mangostão

 Considerada uma das frutas mais saborosos do mundo, o mangostão (ou mangosteen) teve sua origem na Ásia. É conhecida principalmente por suas propriedades anti-inflamatórias (devido a grande presença de xantonas) e antioxidantes, além de auxiliar no tratamento da diabetes tipo 2. Também é rica em fibras, cálcio, vitamina C, potássio e fósforo.
Pode-se consumir ao natural a polpa que envolve suas sementes, ou em forma de suco.


Kino/Kiwano


 Kino ou kiwano é de origem africana e pertence a família das Curcubitaceas, sendo assim parente próximo do melão, do pepino e do maxixe. É rico em vitamina A e C, ferro, cálcio e potássio. Pode ser consumido ao natural ou em forma de doces, geleias, cozidos de carne, etc, além de ser usado frequentemente como enfeite devido ao visual atraente e sua durabilidade.



“Mão de buda”


Fruta cítrica de origem chinesa e indiana, é rica em vitamina C e possui aroma marcante. Recebeu esse nome devido a sua aparência e também por questões religiosas (a fruta era usada como oferenda em templos budistas). É muito usada como aromatizante, além de combater indigestão, dores de garganta, e doenças respiratórias.

Durian

Imagem - http://goo.gl/LouvNU

Fruta de origem asiática, conhecida como “a mais fedorenta do mundo”. Seu odor é considerado tão forte e repugnante, que em alguns países da Ásia é proibido consumi-lo em público. Apesar disso o Durian é reverenciado e bastante consumido em outras partes do continente, que apreciam muito o seu sabor. É rico em fibras, vitaminas C, B1 e B2, potássio, aminoácidos essenciais e açúcares simples que auxiliam na digestão.



Kakadu Plun


 Conhecida também como ameixa de kakadu, gubinge, ameixa bode ou murunga, essa fruta possui o maior teor de vitamina C do mundo. É nativa da Austrália, e considerado um poderoso remédio natural, não só a fruta como também a casca interna da árvore. É usada no combate de diversas doenças, infeções, feridas e furúnculos, incluindo micoses e lepra.





Ackee


De origem africana e bastante comum na Jamaica, o ackee possui uma toxina chamada hypoglicina e portanto pode ser uma fruta perigosa se consumida da forma errada. Somente o arillo (poupa esbranquiçada em volta das sementes) é comestível, possui sabor semelhante a noz e é usada em vários pratos típicos. É seguro de ser consumido apenas na fase de plena maturidade, quando a fruta se abre naturalmente. As sementes são altamente venenosas, assim como o restante da fruta.





Urucum


Nativo da América Tropical e popular na região amazônica, é muito utilizado na fabricação de cosméticos e corantes, principalmente pelos índios. Suas folhas, assim como o pó e o chá dos frutos também atuam como expectorante, laxante, digestivo, febrífugo e anti-inflamatório.







Romã

 Também popular no Brasil, a Romã é nativa do Irã. É rica em cálcio, ferro, potássio, vitaminas A, B e C e atua na redução do colesterol e da inflamação celular, previne patologias como diabetes, obesidade e hipertensão, além de doenças cardíacas e envelhecimento celular. Fortalece o sistema imunológico, e também é considerada anticancerígena devido a presença abundante de ácidos gálicos, elágico e protocatequínico. Pode ser consumida ao natural ou em forma de sucos, chás, saladas e até mesmo em molhos.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

As maiores hortas comunitárias do mundo

Uma horta comunitária é um pedaço de terra disponível para o indivíduo, para uma jardinagem que não seja comercial. Esse pedaço é dividido em várias partes de terra que são atribuídas às pessoas ou suas famílias. 

Em alguns países uma horta comunitária pode se referir a um pequeno jardim individual, bem como uma parte única e grande de terra pertencente a um grupo de pessoas. Os jardineiros individuais normalmente alugam a terra de um proprietário, que pode ser uma entidade pública ou privada, e que geralmente estipula qual o serviço utilizado para jardinagem (ou seja, o cultivo de hortaliças, frutas e flores), mas não para fins residenciais. 

As hortas comunitárias representam para as famílias uma atividade de lazer e significativa experiência pessoal de semeadura, cultivo e colheita de vegetais saudáveis em meio à agitação de grandes centros urbanos. Veremos nesse artigo quais as maiores hortas comunitária ao redor do mundo.

Alemanha

A história dos jardins particulares na Alemanha está intimamente ligada ao período de industrialização e urbanização na Europa durante o século 19, quando um grande número de pessoas migrou das áreas rurais para as cidades à procura de emprego e de uma vida melhor. Para melhorar a situação e que lhes permitir cultivar seu próprio alimento, as administrações da cidade, previram espaços abertos para fins de jardim. No entanto, a importância das hortas comunitárias na Alemanha mudou ao longo dos anos. Devido à agitação das grandes metrópoles, as hortas comunitárias se transformaram em áreas de lazer e locais para encontros sociais, e que estão contribuindo de maneira significativa para a conservação da natureza dentro das cidades.

Malta


Malta apresentou suas hortas comunitárias primeira no mês de abril de 2011. O programa tem como objetivo incentivar às pessoas, especialmente os jovens e os que vivem em áreas urbanas assumirem a agricultura biológica. Existem atualmente mais de 50 lotes de hortas comunitárias localizados em Għammieri, Malta. Todos os lotes são totalmente irrigados e aqueles que fazem parte desse esquema recebem apoio e formação contínua para garantir que seus esforços sejam frutíferos. 



Filipinas


No ano de 2003, surgiu a primeira horta comunitária nas Filipinas criada em Cagayan de Oro City, Northern Mindanao, como parte de um projeto financiado pela União Europeia. Além de vegetais diferentes, os jardineiros também cultivam ervas e frutas tropicais. Cada horta comunitária tem um loteamento onde os resíduos biodegradáveis a partir do jardim, bem como das casas vizinhas são convertidos em adubo orgânico, contribuindo assim para o programa de gestão integrada de resíduos sólidos da cidade. Além disso, todas as hortas são equipadas com um saneamento ecológico conhecido como compostagem. 

Rússia

As primeiras hortas comunitárias na Rússia, conhecidas como dachas, inicialmente eram pequenas propriedades no país, que foram dadas aos serviçais que eram leais ao czar. Com o período após a Segunda Guerra Mundial houve um crescimento moderado no desenvolvimento dacha. Como não havia nenhuma lei naquela época que proibisse a construção de casas, os posseiros começaram a ocupar parcelas não utilizadas de terra perto de cidades e vilas, alguns galpões, barracas e habitações que serviram como dachas. Com o passar dos anos, o número de ocupantes cresceu muito e que o governo da época não teve escolha, senão reconhecer oficialmente o direito da agricultura amadora. As parcerias firmadas permitiram ao povo recebeu o direito de uso permanente de terra para fins exclusivamente agrícolas, e de abastecimento de água. 

Portugal


Hortas comunitárias na periferia de Lisboa. Muitas vezes, pequenos jardins particulares devido ao caráter precário que possuíam, sofreram um processo espontâneo de subdivisão com lote agrícola de exploração da terra, na maioria das vezes em formas de urbanização. No link abaixo é possível visualizar a Horta urbana não Casal de São Brás, Amadora em Portugal.





Suécia


Em 1895, foi criada a primeira horta comunitária da Suécia em Malmo. Para a família sueca, o pedaço de terra é um laço de união, onde todos os membros familiares podem se encontrar em um trabalho compartilhado e lazer. O pai pode cuidar de sua família, ao ar livre, e sentir-se responsável pelo trabalho na horta comunitária que está desenvolvendo. A Federação Sueca de Jardinagem, Lazer representa hoje mais de 26 mil loteamentos hortas comunitárias. Os membros são organizados em cerca de 280 sociedades locais em toda a Suécia, e o terreno é normalmente alugado pelas autoridades suecas. 






Reino Unido


Segundo as autoridades locais é necessária manter uma boa oferta de terra, geralmente em um grande loteamento que pode ser subdividido em hortas comunitárias para os indivíduos que tenham uma renda baixa. Desde o ano de 1965, o preço unitário através de uma por lei deve ser em libras por metro quadrado. Cada parte da horta comunitária não pode exceder 40 hectares que devem ser utilizadas para a produção de frutas, flores ou vegetais para consumo do produtor e sua família. Para visualizar é só cassar o link que é de lote loteamento típico, Essex , Inglaterra







Estados Unidos - Califórnia


Em San Francisco, na Califórnia, as hortas comunitárias estão disponíveis através de várias entidades públicas e privadas. Os membros das hortas se organizam para definir estatutos que são importantes para a política da cidade. O Quesada Jardins é uma das muitas organizações na área da Baía de San Francisco que trabalha em conjunto com a justiça ambiental, para a saúde, bem-estar e alimentação, e construção das hortas comunitárias. 



Estados Unidos Frankfort, Kentucky


Commonwealth Gardens é uma organização dedicada à formação de hortas comunitárias e jardins da escola no Frankfort e área de Franklin County. Commonwealth Gardens também incentiva o consumo de alimentos produzidos localmente, não só porque o paladar é melhor, mas também porque é importante apoiar os agricultores e comerciantes locais. 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Mudanças climáticas e agronegócio

As mudanças climáticas referem-se à variação do clima na Terra ao longo do tempo e que dizem respeito a mudanças de temperatura, nebulosidade, precipitação e outro tipo de fenómenos climáticos que possam afetar o clima terrestre.

Normalmente este tipo de alterações diz respeito a mudanças do estado da atmosfera que podem se dar em curtos espaços de tempo ou em milhões de anos e que são causadas por processos naturais ou pela mão humana.

• Tipos de mudanças climáticas

As principais mudanças climáticas que existem atualmente são: o aquecimento global, o efeito de estufa, o escurecimento global e o recuo dos glaciares.

- Aquecimento global: trata-se do processo de aumento de temperatura média dos oceanos e do ar causado pelas emissões humanas de gases do efeito estufa e que é aumentado pelas respostas naturais. Este tipo de alteração promove a subida do nível do mar, mudanças nas chuvas, entre outras;

- Efeito de estufa: trata-se de um processo que ocorre quando parte da radiação IV (infravermelho) emitida pela superfície da Terra é absorvida por gases presentes na atmosfera, fazendo com que o calor fique retido e não seja libertado para o espaço. O efeito de estufa é essencial até determinado valor, tornando-se um problema grave a partir de um determinado nível;

- Escurecimento global: trata-se da redução da quantidade de radiação direta global na superfície da Terra, causado pela libertação de aerossóis pelo Homem;

- Recuo dos glaciares: o recuo dos glaciares observado desde 1850 afeta diretamente a disponibilidade de água doce quer para irrigação quer para uso doméstico, aumentando os níveis dos oceanos.

• Mudanças climáticas e agronomia

A agronomia é simultaneamente afetada pelas alterações climáticas como promove o efeito de estufa, sendo que as mudanças climáticas globais causam alterações ao nível fitossanitário da agronomia.

Uma vez que o ambiente determina o aparecimento de doenças, pragas e plantas invasoras, as alterações climáticas causarão também modificações na incidência e grandeza destes problemas, o que faz com que estas alterações possam ser positivas ou não ao nível da agronomia.

- As pragas na agronomia


Os microrganismos fito patogénicos e as pragas são dos primeiros organismos a mostrar os efeitos das alterações climáticas, uma vez que apresentam grandes populações, facilidade de multiplicação e um curto espaço de tempo entre gerações. Tendo em conta as suas caraterísticas, são muitas vezes usados na agronomia como indicadores, para além do facto que são muitas vezes causadores pela redução de produtividade podendo colocar em risco o equilíbrio dos ecossistemas nas agronomias.

• Agronomia e a sua dependência com o clima

A agronomia é altamente dependente com as mudanças climáticas, como temperatura, precipitação, umidade do solo e radiação solar. Logo, a agronomia pode ser afetada pela mudança climática de cariadas formas:

- Pela mudança de fatores climáticos devido ao efeito fertilizante do carbono por intermédio do carbono atmosférico;

- Pela alteração da colheita devido a mudanças do número de dias necessários ao crescimento das espécies;

- Alterando a incidência de pragas na agronomia.

Devido a estas questões já é possível verificar a diminuição drástica de determinadas culturas em determinadas zonas do mundo e o aumento dessas culturas noutras regiões.

• Como as alterações climáticas afetam a agronomia e o agronegócio

Com este tipo de alterações climáticas, ao existir uma diminuição da produção de determinadas espécies nas zonas em que antes eram comumente produzidas e o aparecimento destas culturas em zonas novas é necessário mudar o conceito do agronegócio, otimizando todo o mercado mundial de transporte de culturas para que estas estejam disponíveis para as culturas de vários países. Por outro lado, para que a rota das culturas não se torna mais dispendioso é importante perceber quais as condições climáticas mais vantajosas para as culturas e reproduzi-las ainda que artificialmente de forma a não perder a produção de culturas anteriormente cultivadas.

É importante ter em conta também, que a própria agronomia promove o efeito de estufa e torna-se necessário criar medidas e protocolos no sentido de regulamentar a produção de culturas, principalmente em larga escala.

Outro fator importante é perceber em que medida as pragas podem ser alteradas com as mudanças de clima, no sentido em que estas podem ser positivas, erradicando invasores mas poderão aumentar consideravelmente o seu número. Além disso, as mudanças climáticas poderão promover mudanças tais que originam novas pragas que anteriormente não consistiam problema.


É importante ter em conta que a agronomia e as mudanças climáticas não podem ser separadas entre elas, uma vez que uma influência a outra, sendo por isso importante regulamentar ambas para que não se criem desequilíbrios nos ecossistemas.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Como cuidar de um solo humoso para agricultura

Na superfície do planeta encontramos vários tipos de solo que são classificados e diferenciados de acordo com fatores como densidade, cor, consistência e composição química.

Fatores como o tipo de rocha matriz, o clima, a quantidade de matéria orgânica, a vegetação que o recobre e o tempo que levou para se formar são decisivos nesta definição.

Na Terra encontramos solo argiloso, arenoso, calcário e humoso. No caso dos três primeiros, os níveis de nutrientes são baixos e sua composição não é equilibrada, diferente do último que é o tema de nosso estudo.
Conhecido como terra preta ou ainda como terra vegetal, o solo humosos ou humífero é encontrado em áreas com grande concentração de material orgânico em decomposição. Na sua composição encontramos até 10% de húmus, o que o torna extremamente fértil.

Este húmus ajuda o terreno a conter a umidade, enquanto a matéria orgânica ali presente é responsável pela produção de sais minerais essenciais para as plantas.

Como organismo vivo, as plantas necessitam de água, oxigênio e nutrientes suficientes para sua formação e crescimento.

Os solos mais adequados para o plantio têm um equilíbrio entre areia, argila, silte e sais minerais. Esse equilíbrio o mantem mais permeável porém de fácil drenagem, além de facilitar a entrada de água e oxigênio.
Não podemos esquecer que o sucesso do plantio é tão influenciado pelo solo quanto pelas condições climáticas. Obviamente, cada tipo de solo tem sua vegetação nativa adaptada à todas as condições que influenciam no seu crescimento.

Contudo, no momento em que vivemos com o clima sendo tão afetado por processos como o aquecimento global e a poluição, poucos lugares tem suas condições constantes e sem eventuais alterações.


Cuidados de Recomendações para melhor aproveitamento do solo


Rotação de culturas


Mesmo tendo em sua composição grande quantidade de material orgânico, é importante fazer esta rotação, que consiste em alternar o cultivo de qualquer planta com o plantio de uma leguminosa. Este tipo de planta, pela associação das bactérias que vivem em suas raízes, devolve os nutrientes ao solo evitando seu esgotamento.

Aragem

Esse processo é necessário para descompactar o solo e aumentar os níveis de oxigênio nas camadas mais profundas. Manter o solo mais fofo é de suma importância principalmente para o cultivo de plantas com raízes profundas ou tubérculos. A aragem pode ser feita mecanicamente com maquinário apropriado, ou em casos de plantações menores, biológica. Esse método consiste na introdução de microvida (como minhocas, por exemplo) em profundida no solo.

Irrigação

Este tipo de solo é o mais equilibrado, portanto não existe a necessidade de cuidados especiais com este item, exceto em casos de variações climáticas extremas.


Cultivos mais propícios para este tipo de solo


Naturalmente, devido à sua capacidade de absorver e drenar a água, praticamente todas as plantas podem ser cultivadas nesse tipo de solo.

Além disso, sua composição química e alto teor de nutrientes são favoráveis principalmente para plantas frutíferas, leguminosas e até mesmo para tubérculos. Este último tem seu crescimento favorecido pelo seu formato areado e pouco denso.

Plantas ornamentais que dão flores também crescem bem neste tipo de solo, utilizando suas altas concentrações de nutrientes para um farto desenvolvimento.

Pode-se dizer que praticamente todas as plantas se beneficiarão e crescerão neste tipo de solo, dado o seu equilíbrio natural.


Dicas para sustentabilidade do terreno


As atividades agrícolas podem ocorrer de maneira inadequada em alguns casos, seja por falta de conhecimento ou de verba, e isso pode ocasionar danos ao terreno.
Para o bem da sua plantação e até mesmo do planeta, é indispensável que alguns cuidados sejam tomados, perpetuando o seu cultivo.

  • Aplique formas de plantio que não prejudiquem o meio ambiente
  • Não utilize qualquer tipo de produto tóxico que danifique o ar, o solo ou a água
  • Faça sempre que possível a rotação de culturas e utilize os adubos indicados
  • Busque um meio de irrigação que se renove e não esgote os recursos naturais

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Como fazer composto orgânico com minhocas


Hoje em dia palavras como ecologia e sustentabilidade estão cada vez mais afloradas no cotidiano. Muita gente busca alternativas que degradem menos o ambiente, o que determina uma melhor qualidade de vida, não só para os Homens quanto para os animais e plantas.

Uma alternativa simples, que pode reduzir em até 70% na produção do lixo doméstico é a utilização de um minhocário, um composto orgânico em que as minhocas comem o lixo orgânico e produzem um ótimo adubo. Provando que na natureza nada se cria, tudo se transforma.

O minhocário pode ser construído em casas ou apartamentos, ele não produz cheiro se for devidamente tapado. Ele também deve proporcionar escuridão e umidade para que as minhocas não morram, pois a claridade pode queimar a pele que recobre o seu corpo. Nele podem ser colocados restos de comida, como frutas verduras, além de folhagens, restos de plantas do jardim e quaisquer alimentos exceto carne.

Como fazer um minhocário


Um modelo simples pode ser construído utilizando:

3 Caixas modulares ou baldes com tampa que se encaixam (todos de cor escura);

1 Torneira de filtro de água;

Minhocas;

Terra;

Furadeira.

Modo de fazer


O primeiro passo é separar as três caixas modulares. Com a furadeira faça vários furos no fundo de duas delas e nas bordas (esses devem ser menores para passagem de ar).  Na última caixa, que ficará em baixo, faça um buraco maior em um dos lados e fixe nele a torneira.

O próximo passo é fixar todas as caixas de forma a ficarem bem firmes, você pode usar um arame para prender, mas lembre-se que eles não devem ficar muito firmes, pois será preciso retirar as caixas periodicamente.

A terra com as minhocas fica na caixa de cima. Ela deve ficar disposta a uma altura de aproximadamente dois dedos. Na caixa do meio você pode colocar mais terra casos queira obter como resultado o húmus, a conhecida terra preta, se quiser apenas o adubo, não é necessário colocar a terra.

Despeje os resíduos orgânicos como restos de frutas e verduras, folhas e cubra o lixo com serragem, folhas secas ou papel picado para que o sistema fique mais arejado. Uma cobertura de plástico também pode ser usada desde que não aumente muito a temperatura do sistema.

Recomendações


Os furos servirão para que o adubo produzido pelas minhocas possam seguir para a caixa do meio, enquanto a torneira serve para que a parte líquida residual possa ser colocada em potes ou envazadas, já que esse resíduo também pode ser usado como adubo. Esse líquido pode ser usado, inclusive para regar as plantas. 

Quando a parte de cima estiver cheia, você pode passar parte do conteúdo para a caixa do meio ou mesmo trocar uma pela outra, pois as minhocas que estão no meio podem sobem pelos furos e voltar a fazer a compostagem.

Importância dos minhocários


A utilização de minhocários para a compostagem de lixo pode ser muito interessante para diminuir a produção de lixo nas grandes cidades, tendo em vista que 70% do lixo produzido por uma residência é lixo orgânico e pode ser reciclado na própria residência, sem a necessidade de jogar o lixo fora.


Os minhocários podem representar um grande passo para uma sociedade com maior responsabilidade na ecologia, sobretudo pela grande contribuição que pode ser feita para os animais e plantas, que não terão seu habitat removido para a o despejo de lixo e o surgimento de aterros sanitários.